Suely Munekata com 3 dos 5 manicures do Salão.
Henrique de Oliveira, 38 anos
Ele trocou as armas de fogo por alicates, espátulas, lixas e vidrinhos de esmalte. Ex-segurança de carro forte, virou manicure e se dedica hoje aos alongamentos de unhas em um salão no centro de São Paulo. Assim como ele, vários homens já têm encarado a função numa boa, ganhando a confiança de clientes.
“Trabalhei em carro forte e corria riscos todos os dias. Enfrentei assaltos e trocas de tiro. Sou 100% fazer unhas”.
Foi Suely Munekata, dona do Empório das Unhas, quem deu a chance a Oliveira e aos outros quatro homens que trabalham por lá atualmente, fora os que fizeram curso - o local é conhecido por ministrar aulas e ensinar técnicas de alongamento e decoração de unhas. A profissional conta que trabalhar com homens era um desejo antigo.
“Nos EUA e na Europa é mais comum [homens nesta atividade]. Morei anos no exterior e sempre tive vontade de treiná-los para ver como seria. Eles foram chegando aos poucos. O primeiro era carregador de caminhão. Era grandalhão e esquisito. Aos poucos, tornou-se um excelente profissional”.
Suely ainda diz que os homens têm pontos que contam a favor, como a concentração. “Parece que saem do mundo quando estão trabalhando. Se focam com muito mais facilidade”.
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